Foto: Arquivo pessoal
A Justiça condenou à prisão os quatro réus acusados da morte do policial civil aposentado Antão Danilo do Amaral. O crime aconteceu no início da madrugada de 29 de outubro de 2022 na Rua Coronel Niederauer, no centro de Santa Maria, durante uma tentativa de roubo.
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A decisão foi divulgada na última quinta-feira (13) pelo juiz Fabio Marques Welte, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria. Por ter sido um latrocínio (roubo com morte), trata-se de crime contra o patrimônio e, nesse caso, os réus não vão a júri popular.
O réu Lucas da Silva Peres, 26 anos, foi o autor do tiro que matou Amaral. Ele recebeu pena de 29 anos e 11 meses de cadeia por roubo qualificado seguido de morte, corrupção de menores, associação criminosa e receptação dolosa.
O réu Leonardo da Silva Gonçalves, 21 anos, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão pelos crimes de roubo qualificado seguido de morte e corrupção de menores. Guilherme Lampert Leal, 39 anos, foi condenado a 28 anos e quatro meses por roubo qualificado seguido de morte, associação criminosa e corrupção de menores.
Já William Silva dos Santos, 19 anos, recebeu pena de 22 anos e seis meses por corrupção de menores e roubo qualificado seguido de morte.
O crime
Antão do Amaral tinha 58 anos e se aposentou como comissário de polícia. Na madrugada do crime, ele havia estacionado sua caminhonete na Niederauer, aguardando para dar carona a familiares, quando foi surpreendido pelos indivíduos armados.
Ao perceber o roubo, o policial civil aposentado sacou de sua arma e tentou evitar o assalto, mas acabou sendo morto a tiros dentro do veículo. Ele ainda feriu o homem que o baleou, mas o criminoso conseguiu fugir. O crime foi gravado por câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais próximos.
A investigação foi feita pela 4ª Delegacia de Polícia Civil (4ª DP), que prendeu os cinco suspeitos do crime. O Ministério Público (MP) de Santa Maria denunciou os réus pela prática do crime de latrocínio e corrupção de menores.
O advogado Daniel Figueira Tonetto, que atuou como assistente de acusação, afirma que a sentença do juiz Fabio Welte fez justiça para a família da vítima, que deixou esposa e filhos.
– Mostra que a Justiça existe, por mais que haja críticas. Foi uma sentença justa – ressalta.
Os réus foram representados pela defensora pública Jéssica Toniolo.
A Polícia Civil também se manifestou a respeito da condenação dos quatro acusados pela morte de Amaral.
– O trabalho da Polícia Civil foi muito rápido, técnico e reuniu um manancial de provas que permitiram a condenação dos autores – afirma o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz.